A perda da função renal se caracteriza pela incapacidade que os rins têm de filtrar o sangue e eliminar substâncias tóxicas por meio da urina. A condição pode ser aguda ou crônica. Na primeira, a perda dessa capacidade ocorre de forma súbita. Pode ser fatal e requer um tratamento intensivo.
Já a insuficiência renal crônica é lenta, progressiva e tem uma alta taxa de mortalidade. Em estágio avançado, a pessoa pode manter apenas 20% do funcionamento dos rins. Normalmente, ambos os tipos decorrem de outra doença associada.
Principais doenças que causam perda da função renal
- Diabetes: diabéticos são mais propensos a desenvolver a nefropatia diabética. O problema chega a afetar metade das pessoas portadoras do tipo 1. Apesar de menos recorrente, também acomete pacientes portadores do tipo 2. Os principais fatores de risco são controle glicêmico e hipertensão arterial ruins. O ideal é manter controlados esses sinais por meio de dieta adequada, atividade física regular e exames periódicos.
- Glomerulonefrite: é inflamação dos glomérulos, conjunto de vasos sanguíneos presentes nas paredes dos rins. Eles têm a função de filtrar as substâncias tóxicas presentes no sangue e eliminá-las por meio da urina. As causas da glomerulonefrite podem ser decorrentes de alterações imunológicas ou até associadas a outras doenças como hipertensão, hepatite B, infecção por HIV, entre outras.
- Pielonefrite: evolução de infecções no trato urinário. Costuma começar com uma simples uretrite (na uretra), seguida pela cistite (na bexiga) e culmina na pielonefrite (nos rins). O ideal é iniciar o tratamento ainda em sua fase inicial.
- Rins policísticos: hereditária ou adquirida, a doença gera a formação de cistos renais cheios de líquido. Trocando em miúdos, são “bolhas” que aparecem nos rins e que, a longo prazo, destroem o órgão. Podem causar dor (em caso de estouro), hipertensão, infecções urinárias e hematúria (sangue na urina), prejudicando cada vez mais a função do órgão.
- Obesidade: Além de sobrecarregar os rins, que precisam trabalhar mais para filtrar o sangue e irrigar uma maior área corporal, as comorbidades associadas à doença são os principais fatores de risco para a perda da função renal. Controlar o peso, ter uma dieta equilibrada e praticar exercícios pelo menos três vezes na semana ajudam a evitar a obesidade.
- Hipertensão arterial: a pressão alta durante um período prolongado pode causar a nefrosclerose, que se caracteriza pelo endurecimento dos pequenos vasos sanguíneos dos rins.
- Problemas decorrentes da gestação: pré-eclâmpsia, hemorragia pós-parto e aborto séptico. Essas condições estão atreladas à hipertensão arterial e chegam a afetar cerca de 7% das mulheres grávidas. Acompanhamento médico e pré-natal são fundamentais para a saúde dos rins de gestantes.
- Lúpus: A doença autoimune pode ocasionar glomerulonefrite, gerando alterações urinárias mínimas (hematúria e/ou proteinúria pequena) até insuficiência renal. Considerando que a nefrite é uma das manifestações do lúpus, o paciente deve realizar exames periódicos.
Principais sintomas da perda da função renal
Os sintomas da insuficiência renal costumam aparecer gradualmente, quando a função dos rins já está comprometida, inferior a 50%. Os mais frequentes são:
- Inchaço de mãos, pernas e entorno dos olhos;
- Perda de apetite e cansaço;
- Menor produção de urina, apesar da mesma necessidade de urinar;
- Hipertensão arterial;
- Falta de ar, dificuldade para dormir e sensação de frio.
Nos casos de perda de função renal aguda, confusão, náuseas e vômitos, dor e pressão no peito são os sinais mais comuns. Em casos mais graves, a perda da função renal pode ocasionar convulsões ou coma.
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